Friday, December 28, 2007

De profundidades



Abre a porta e deixa
Entrar meu verso de
Navio – o barqueiro
Tem um segundo
Para amar; o resto
É o mar cavando
Praias de pedras.
Possuir de sal tua
Sala-de-visitas;
Derramar pergaminhos
Nas paredes – frases
De marujos enamorados
De fadas, aforismos
Sobre profundesas e
Olhos azuis.
Abre a janela agora.
O que seria
Do paraíso isento
De pecados que não pecam.
É necessário, do amor,
O absurdo.

Mora aqui! É patético
Te seduzir assim,
Implorar tuas minúcias,
Teus volumes azuis
Guardados – tudo
Depositado em caixas
De papel. Celofanes
Desgastados de mágoa.
Moras no “sem-fim”
Das horas de maçãs,
Cais, lagartos
Comemoram o
Despertar das atas.
Minha envergadura de
Anjo encobre tuas luas
Faz-se escuro em nós.
Dorme aqui!
Free Website Counter
Free Counter