Friday, February 06, 2009

Cheiro de alfazema



Que pese os lamentos de outrora que sonhamos à beira de um lago. Os lamentos respondem aos desejos deixados no quarto de trás com janelas por abrir por fora e por dentro -- esse medo de amar loucamente nossos instintos, embora não adore o fogo tão mais que a ventura de perder-se em paraísos. Os sonhos margeados em um lago confundem-se com esse Éden, e por que somos tão infinitamente castos quando quisemos ser absolutamente sinceros na criação que somos parte? Sim, na Criação! É-nos possível caminhar sob mundos tergiversos de espaço e tempo, mas é necessário saber que nos unimos na dor da distância e na inteligência do encontro no porvir. À árvore-pastora as alfazemas do campo devotam ânimo e cores; e no horizonte o mirar de montanhas lilazes. É de lá, trás-os-montes, donde repousa nosso lago.

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