Consolação
Rara voz no décimo quinto céu:
por que ouvi depois teu silêncio?
Éramos fantasmas assombrando uvas,
queríamos espelhos e intimidaes de condão,
mas o rio feriu a dama de copas
Esqueci a fruta do vinho na tarde
Tingi de paixão os olhos dos passantes
Na Paulista de vidro, o viço e o mundo
Toma minha mão ainda úmida
Inventa um único verso
que faz bolhinhas de arte
com o mínimo de teu gesto
Falta-me o essencial soprinho -
a alma da videira - para assim
as esferinhas explodirem
absolutamente libertas.
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