Saturday, September 08, 2007

Feitiço da Vila

Enquanto engomam gestos pagãos,
os sonâmbulos da cidade,
em tábuas de pedra,
um poeta morre na beira-mar
acreditando caravelas e sereias

Duas guerras se realizam nos olhos do Fauno
apodrecem princesas na torre azul
e castelos se desfazem no viço da cidade

Esperanças nas catraias,
na cartografia orgânica das ruas
cães perdidos mapeando a cegueira da noite

O pó tudo torna esterco
até roupas estendidas em quadros abstratos.
O poeta acordou cedo demais
pintando a janela do mar

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