Sunday, May 13, 2007

Espera [II]



um banco na intimidade da casa
eu te olhava em segredo.
o Borges não pude lê-lo
porque aires buenos
não o entendiam.
volto àquele banco
tão teu, imediatamente teu,
e em tua chama
nu, no paraíso de Dante,
eu te mirava no inferno
e me cria Deus.
a hora tua me envolvia
em todas as luas tortas,
aquelas que se cobrem
de fados incalculáveis
de eros infinitus.


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